Foi sofrido, suado, dramático, mas o Flamengo conseguiu sua classificação para as oitavas de final da Libertadores com a vitória por 1 a 0 sobre o Deportivo Táchira diante de mais de 66 mil pessoas no Maracanã, que vaiaram ao fim do jogo.
Passou em segundo – Por pouco o Rubro-Negro não avançou em primeiro no Grupo C. LDU, Fla e Central Córdoba terminaram com os mesmos 11 pontos, mas os equatorianos garantiram a liderança no saldo de gols. Já os argentinos ficaram em terceiro nos critérios de desempate e foram eliminados.
Novo técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti assistiu a partida no Maracanã. O treinador ficou na cabine da Flu TV acompanhado do diretor Rodrigo Caetano e de outros funcionários da CBF.
Ele ganhou uma camisa do Flamengo das mãos do diretor de futebol, José Boto. Ontem o italiano já havia assistido a vitória do Botafogo por 1 a 0 sobre a Universidad do Chile, no Nilton Santos.
Outro que estava no Maracanã era Vini Jr. O atacante do Real Madrid fez questão de ir até a cabine falar com seu ex-treinador no clube espanhol e lhe desejar boas-vindas na seleção brasileira.
Quem também roubou a cena foi o volante João Gomes. Cria do Flamengo e de férias, o jogador do Wolverhampton, da Inglaterra, foi para a arquibancada e ficou em meio aos populares no setor Norte, onde se localizam as organizadas.
Uma cena inusitada aconteceu ao fim do primeiro tempo. Imediatamente após o apito do árbitro, a torcida do Flamengo direcionou uma forte vaia. Foi quando o goleiro Rossi se virou para a arquibancada e abriu os braços, claramente não concordando com a atitude dos rubro-negros.
O JOGO
O Flamengo iniciou a partida como se esperava. Com muita posse de bola e pressionando o adversário. Faltava, porém, contundência no terço final. O time insistiu muito nos cruzamentos e nas bolas alçadas na área, algo que o Táchira percebeu e começou a minar. Aos poucos a torcida foi ficando impaciente e os jogadores cometeram erros bobos. No fim do primeiro tempo, com o 0 a 0 no placar, o Rubro-Negro ouviu vaias.
No segundo tempo, Filipe Luís sacou Michael e colocou Bruno Henrique, que entrou bem e deu verticalidade ao time. O Flamengo seguiu pressionando e, de tanto martelar, conseguiu o gol aos 20 com o zagueiro Léo Pereira, o único entre os principais do sistema defensivo que não foi convocado para a seleção brasileira de Ancelotti.
No fim, a partida ganhou tons dramáticos. Mesmo sem qualidade técnica, o Táchira passou a assustar na base da raça e perdeu boas chances de empatar. O Fla, por sua vez, conseguiu se segurar e garantiu o mais importante, que era se classificar, apesar das vaias da torcida.
FLAMENGO
Rossi, Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Allan (Varela), Gerson (Ayrton Lucas) e Arrascaeta (Evertton Araújo); Michael (Bruno Henrique), Luiz Araújo e Pedro (Wallace Yan). T.: Filipe Luís.
DEPORTIVO TÁCHIRA
Jesús Camargo, Rosales, Quintero (Jean Castillo), Juan Sánchez e Acevedo; Requena (Fioravanti), Saggiomo (Zuñiga) e Calzadilla; Cova, Bryan Castillo (Cano) e Balza (Jesús Duarte). T.: Edgar Pérez Greco.
* BRUNO BRAZ (UOL/FOLHAPRESS)