Milionários e controversos: contratos da Prefeitura de Caldas Brandão levantam suspeitas e revoltam moradores

SSCOM

A Prefeitura Municipal de Caldas Brandão, cidade paraibana com pouco mais de 5.800 habitantes, tem chamado atenção por uma série de contratos milionários firmados nos primeiros meses de 2025, em um momento que contrasta fortemente com a precariedade dos serviços básicos oferecidos à população.

Entre os contratos mais polêmicos está o pregão presencial nº 00019/2024, destinado à compra parcelada de combustíveis. O certame resultou em um contrato de R$ 1.761.000,00 com a empresa Comercial de Combustíveis Caja Ltda., mesmo com a administração alegando dificuldades financeiras para manter áreas como saúde, educação e infraestrutura.

A população denuncia a falta de medicamentos nos postos de saúde, escolas sem manutenção adequada e estradas em péssimas condições, ao mesmo tempo em que a prefeitura homologa contratos que, juntos, já ultrapassam os R$ 8 milhões em pouco mais de quatro meses.

Para muitos moradores, a atual gestão, comandada pelo prefeito Fábio Rolim (PSB), tem feito escolhas que priorizam o luxo e os eventos festivos, em detrimento das reais necessidades do povo.

Além do gasto milionário com combustíveis, a gestão também firmou:

• R$ 1.690.000,00 em contratos para locação de estruturas de som e palcos para eventos;

• R$ 426.000,00 para aquisição de próteses dentárias;

• R$ 127.995,00 para serviços de podagem urbana, com ausência de concorrência no processo;

• R$ 2.937.513,70 em gêneros alimentícios para a merenda escolar — valor considerado desproporcional à realidade da rede municipal de ensino.

Outro ponto que gerou forte repercussão foi a locação de um veículo de luxo para o gabinete do prefeito: um Jeep Renegade, com custo mensal de R$ 7.990,00. O gasto, segundo lideranças locais, não condiz com a realidade econômica da cidade, que enfrenta sérias limitações orçamentárias.

A contratação para um evento festivo também causou indignação, pois durante uma única noite de apresentação da banda Aldair Playboy, a prefeitura desembolsou R$ 9.800,00 apenas para estruturas de apoio (buffers). A empresa contratada, Célia Eloi de Araújo, já soma R$ 182 mil em pagamentos por serviços similares, segundo dados disponíveis no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB).

A sequência de gastos elevados, sem contrapartidas visíveis na qualidade de vida dos moradores, tem colocado a gestão municipal sob intensa pressão. Moradores cobram transparência, enquanto denúncias sobre possíveis irregularidades nos contratos começam a ganhar força nas redes sociais e em grupos de oposição.

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