Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Reportagem do portal Congresso em Foco, deste final de semana traz que amanhã (29), será um dia decisivo para a dinâmica partidária nas eleições de 2026. No mesmo dia, dois dos maiores partidos do Congresso Nacional, o PP e o União Brasil, planejam realizar o anúncio oficial de sua federação, unindo 14 senadores e 109 deputados. Paralelamente, o PSDB realizará uma reunião para tomar a decisão final a respeito da fusão com o Podemos, primeiro passo para construção de um bloco mais amplo para o próximo ano.
PSDB e Podemos são partidos com pensamentos próximos e tamanhos equivalentes: os tucanos contam com três senadores e 13 deputados, e o Podemos quatro senadores e 15 deputados.
Ainda segundo a reportagem PP e União Brasil já são parceiros de longa data: os dois surgiram de um racha no antigo PDS, sigla que concentrou as principais forças políticas de direita após a Ditadura Militar, mas que se partiu diante de dissidências internas na discussão sobre o movimento Diretas Já. Mesmo separados, mantiveram proximidade ideológica, e uma postura constante de colaboração na ocupação de espaços políticos. Com a federação, os dois terão não apenas a maior bancada no Congresso Nacional, como também a maior parcela do fundo eleitoral em 2026 e uma base de apoio de mais de 1,3 mil prefeitos.
Já o bloco, de nome União Progressistas, deverá inicialmente apoiar a candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, ao Planalto. Seu nome, porém, enfrenta divergências internas mesmo no União Brasil, havendo possibilidade da federação acabar mudando de rumo antes do pleito.
Reflexos na Paraíba – Em recente entrevista à mídia paraibana, o senador Efraim Filho (União Brasil) afirmou que o comando da Federação em alguns estados, como é o caso da Paraíba, será compartilhado até que uma decisão definitiva seja tomada. “Até lá, teremos um comando compartilhado”, declarou o parlamentar, ao explicar que a definição oficial só deve ocorrer em março do próximo ano. Efraim também destacou que, após essa definição, caberá à Federação Nacional escolher o candidato com maior viabilidade política e força eleitoral para disputar o cargo de governador nos estados.
Na Paraíba, a anunciada fusão entre PSDB e Podemos não deve provocar grandes alterações no cenário político local. Isso porque, atualmente, ambas as siglas já integram o campo da oposição no estado.
Os deputados federais paraibanos Ruy Carneiro e Romero Rodrigues, hoje filiados ao Podemos, têm trajetória ligada ao PSDB, partido pelo qual já disputaram diversas eleições. Mesmo com a migração de Pedro Cunha Lima para o PSD, os tucanos seguiram sob a liderança de um aliado do grupo Cunha Lima, o deputado estadual licenciado Fábio Ramalho.
A fusão entre os dois partidos está prevista para ser oficializada até o fim de abril, conforme declarou o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo. Segundo ele, a nova legenda deverá adotar, inicialmente, o nome PSDB+Podemos, até que seja concluído um processo de escolha definitiva do nome e da identidade visual.
“Vamos realizar uma ampla pesquisa, com filiados de ambos os partidos, e também científica, para definir o novo nome e o novo número. Eu defendo que nosso mascote seja um cachorrinho”, afirmou Perillo em entrevista.
PBAgora