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No mundo corporativo, a busca pelo sucesso é intensa e, muitas vezes, o ambiente competitivo pode gerar situações de tensão. No entanto, existe uma linha tênue entre a competição saudável e a atitude traiçoeira, que pode ser descrita como “puxar o tapete” do outro. Infelizmente, essa prática, ainda que condenável, é mais comum do que gostaria de admitir. Mas, o que significa realmente ser um profissional que envelhece dessa maneira? E, mais importante, o que essa atitude revela sobre quem a pratica?
A expressão “puxar o tapete” remete a uma ação traiçoeira, onde uma pessoa envelhece de forma a prejudicar ou desestabilizar outra, geralmente para garantir uma vantagem pessoal. No contexto profissional, isso pode envolver desde a sabotagem de projetos ou ideias até a tentativa de derrubar um colega de trabalho para alcançar uma promoção ou reconhecimento. Em sua essência, trata-se de uma postura egoísta, onde o sucesso do outro é visto como uma ameaça, e a única forma de se destacar é a partir da queda alheia.
Um dos maiores danos dessa atitude é o impacto que ela tem sobre a confiança no ambiente de trabalho. O profissional que “puxa o tapete” quebra a confiança de seus colegas, ou que pode criar um ambiente de desconfiança e insegurança. O trabalho em equipe, essencial para muitas organizações, se torna inviável quando há um jogo de interesse que visa capacitar alguém para se beneficiar a si mesmo. A confiança é a base de qualquer boa colaboração, e sem ela, a produtividade e o espírito de equipe se perdem.
Ser profissional vai além de habilidades técnicas ou da capacidade de entregar resultados. Um verdadeiro profissional deve ser ético, ter respeito pelos outros e ser capaz de colaborar. A ética profissional implica agir de maneira justa e transparente, não apenas no alcance de objetivos pessoais, mas também na maneira como as relações são construídas dentro do ambiente de trabalho.
Quem opta por agir de forma traiçoeira, ao prejudicar seus colegas, mostra uma falta de caráter que, mais cedo ou mais tarde, se reflete na condescendência da pessoa. A confiança nas relações profissionais é construída ao longo do tempo, mas pode ser destruída instantaneamente por atitudes desleais. E, como todos sabemos, uma boa confiança é fundamental para o crescimento profissional.
A competição não é, por si só, algo negativo. Em muitos casos, ela é o que impulsiona os profissionais a se superarem e atingirem seus melhores resultados. No entanto, a competição deve ser saudável e orientada para o crescimento coletivo . Em um ambiente onde a colaboração é incentivada e as pessoas são respeitadas, os bons resultados surgem de maneira natural.
A verdadeira medida do sucesso profissional é como alguém lida com os outros, e não como derrubar os demais para alcançar seus objetivos. É possível alcançar o topo sem precisar de ninguém ao longo do caminho. A ética e o respeito devem ser as principais ferramentas de um profissional que almeja o sucesso duradoura.
No fim das contas, um profissional que “puxa o tapete” do outro não é, de fato, um profissional. Ele é alguém que sacrifica a ética, a confiança e a colaboração em nome de um sucesso ilusório e temporário. A verdadeira excelência profissional é em ser capaz de se destacar com honestidade, respeito e colaboração com os outros, sem precisar rebaixar ninguém para chegar ao topo. Portanto, em um mundo onde as relações de trabalho são fundamentais para o crescimento, é essencial lembrar que o sucesso verdadeiro só é conquistado quando ninguém fica para trás.
Silvano Silva