Na edição do SSNews da última quinta-feira, destaquei a importância da valorização dos nossos artistas enquanto estão vivos, incentivando e reconhecendo seus trabalhos. Entre os nomes mencionados, estava o de Ramiro Freire, carinhosamente conhecido como Miro do Babau. Mal sabia eu que, poucos dias depois, Mari estaria em luto pela perda dessa figura tão emblemática.
Neste sábado (30), a cidade se despediu de Miro, cuja morte foi confirmada por familiares através das redes sociais. Uma notícia que tocou profundamente todos que conheceram e admiraram seu trabalho.
Miro era muito mais que um artista de rua; ele era uma verdadeira personalidade. Seu estilo marcante — roupas extravagantes, paletó vermelho , óculos escuros, cravo na lapela e o icônico chapéu — fazia dele uma presença inconfundível. Sempre acompanhado de seu pandeiro, enchia as ruas de vida e nostalgia com velhas cantigas de boemia, conquistando a simpatia de quem cruzava seu caminho.
Residente da rua Bela Vista, no centro de Mari, Miro cativou gerações com sua dedicação à cultura popular. Seu teatro de bonecos, o famoso Babau, foi mais que uma atração; tornou-se um símbolo da cidade, marcando a infância de muitos marienses.
Miro era um homem simples, mas com um coração imenso. Ele dedicou sua vida a alegrar os outros e a preservar as tradições culturais que tanto amava. Sua ausência será sentida profundamente, mas seu legado seguirá vivo nas memórias, nas canções e no coração de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.
Mari não apenas lamenta a perda de Miro do Babau; celebra sua vida como uma verdadeira inspiração de amor pela cultura, pela simplicidade e pelo poder de encantar. Seu nome será lembrado com carinho e respeito, como um símbolo eterno da nossa identidade cultural.
Silvano Silva