Foto: ParaibaOnline/Arquivo
O deputado Wallber Virgolino (PL), que disputou a Prefeitura de Cabedelo, mas não obteve êxito nas urnas, disse que vai continuar fiscalizando e denunciando o que a imprensa local não quer noticiar e o que as autoridades relativizam, que é envolvimento de políticos com o crime organizado.
Ele alerta que em 2026, quem vai escolher os candidatos serão os traficantes de drogas, e a Paraíba e o Brasil vão ficar iguais ao México e a Colômbia. Para Virgolino, quem não ceder ao crime organizado não vai ter o direito de ser candidato, e o próprio traficante será o candidato.
“E quem se arvora em denunciar dizem que a pessoa está atingindo a esfera familiar de fulaninho. Quando um agente público se propõe a negociar, a estreitar relação com traficantes, com o crime organizado e expor a família, não se trata mais da esfera privada desse cidadão, tornou-se de interesse público. Nós, parlamentares, temos que expor isso, além de legislar, a gente tem a função de fiscalizar”, destacou Virgolino.
Segundo ele, os parlamentares devem e podem expor os desmandos do Poder Executivo e da classe política, que não sabem usar o poder que têm e confundem o poder com o pode tudo. “Hoje, nas grandes cidades, os traficantes impedem a gente de pedir votos. Em Cabedelo, eu mesmo fui impedido de entrar nas comunidades”, relembrou.
Wallber disse ainda ser preciso exigir das instituições moralidade e que cumpram seus papéis. “É inconcebível que filhos de juízes, promotores e desembargadores estejam empregados no Estado e na Prefeitura e esses magistrados não se averbem suspeitos de julgar o processo do prefeito”, disse o deputado se reportando ao prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP).
“Isso, além de imoral, é um absurdo. Estado achando isso normal porque estão todos comprometidos e não podemos perder o direito de nos indignar e de cobrar celeridade nos processos, imparcialidade do Judiciário e moralidade na política paraibana”, enfatizou.
ParaibaOnline Da Redação de João Pessoa (Hacéldama Borba)