Neste domingo, as ruas do centro de Marí amanheceram cobertas por santinhos, um cenário que não se via há bastante tempo nas eleições locais. A antiga tática de espalhar santinhos em massa, principalmente nos arredores dos locais de votação, voltou a ser utilizada por diversas campanhas políticas da região, com o objetivo de atrair eleitores indecisos nas últimas horas antes do voto.
Os santinhos, pequenos folhetos com a imagem e número de candidatos, foram espalhados nas calçadas e nas ruas próximas aos colégios eleitorais. Embora essa prática seja conhecida há décadas, seu retorno em grande escala em Marí causou surpresa a muitos moradores, que se lembram das eleições passadas como mais limpas e organizadas em termos de propaganda eleitoral.
A distribuição massiva de santinhos nas proximidades dos locais de votação é uma estratégia controversa, mas que ainda é bastante utilizada. As campanhas apostam no apelo visual para influenciar eleitores que ainda não decidiram em quem votar. “Muitos eleitores indecisos acabam tomando suas decisões na última hora, e a visão constante de um candidato pode influenciar essa escolha”, comentou um analista político local.
No entanto, a prática levanta questionamentos sobre seu impacto ambiental e sobre a ética na propaganda eleitoral. Além de criar uma grande quantidade de lixo nas ruas, a ação pode ser vista como uma tentativa de manipular o voto de maneira menos transparente. “O ideal seria que os eleitores fizessem suas escolhas de forma consciente e informada, e não baseados apenas no último folheto que viram no chão”, destacou um morador de Marí.
Apesar da reação mista da população, o uso de santinhos nas campanhas eleitorais de Marí, especialmente neste domingo de eleição, relembra uma velha tradição da política brasileira. Resta saber se, em tempos de mídias digitais e campanhas online, essa tática continuará sendo tão eficiente quanto no passado.